CROMOTERAPIA: COMO AS CORES INFLUENCIAM O SEU BEM-ESTAR E DA SUA CASA

Cor é estética, é mensagem, é estilo. E, agora, também é recurso terapêutico reconhecido pelo Ministério da Saúde. Desde o ano passado, a cromoterapia entrou na lista das práticas integrativas e complementares do SUS – isso significa que a aplicação de luzes coloridas como um tipo de apoio aos tratamentos médicos convencionais começa, aos poucos, a ser disponibilizada em alguns municípios brasileiros no sistema de atenção básica. “A prática terapêutica consiste em utilizar cores do espectro solar (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) para restaurar o equilíbrio físico e energético do corpo”, informa o Ministério. Trata-se de um recurso que pode ser trabalhado de diferentes formas: por contato, visualização, com auxílio de instrumentos ou cabine de luz, por exemplo.

COR E SENSAÇÃO
Se no campo da saúde o uso de cores requer mais pesquisas para ser melhor aceito, no universo da arquitetura e da decoração é inegável o poder e a força que elas têm sobre o bem-estar das pessoas. A psicóloga e socióloga alemã Eva Heller (1948-2008), autora do livro Psicologia das Cores (Ed. Gustavo Gili, 311 págs.), escreveu: “Quem trabalha com cores, como os artistas, os cromoterapeutas, os designers gráficos ou de produtos industriais, os arquitetos de interiores, os conselheiros de moda, precisam saber de que forma as cores afetam as pessoas. Embora cada um atue com suas cores individualmente, os efeitos devem ser universais.” Eva realizou uma pesquisa com 2 mil mulheres e homens entre 14 e 97 anos, de diferentes profissões, e os questionou sobre seus tons prediletos e quais associavam a diferentes sentimentos. As favoritas foram o azul (41%) – indicada pela maioria como cor da simpatia e da harmonia – e o verde (15%), apontada como cor da fertilidade e da esperança. Já branco, marrom, dourado e rosa são as menos apreciadas no geral. O rosa, porém, talvez mereça uma reavaliação.

A suíça Daniela Späth, professora e especialista em design de cores para arquitetura, descobriu que certo tom – que ela batizou como Cool Down Pink –, tem a propriedade de baixar a pressão sanguínea humana em até cinco minutos quando aplicado aos interiores. Sua pesquisa foi apoiada por um hospital e uma fabricante de tintas. O resultado “calmante” do rosa despertou o interesse de penitenciárias suíças, que usam o tom até hoje em algumas celas como tentativa de reduzir a agressividade dos detentos. Daniela conta que a cor também já foi adotada em ambientes hospitalares e escolas, para tranquilizar os frequentadores. “Deve ter muitos outros locais que utilizam a cor e fogem ao meu conhecimento, porque o interesse internacional no Cool Down Pink não cessa desde 2007”, diz.

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